Conspiração: Parte II
AVISO: Este conto é um texto puramente fictício. Todos os personagens e situações envolvidas foram criadas. Qualquer semelhança é mera coincidência.
II
Finalmente levanto com a preguiça e falta de vontade de encarar o dia, como costume. Lavo o rosto, escovo os dentes e finalmente ligo o computador. Adivinha só: ele insiste em não iniciar. Até aí tudo bem, pode ser alguma coisa irrelevante, acontece. Tentei uma, duas, três, e nada. Abri o computador e limpei as peças, mas nada para ninguém. Pensei comigo: bom, pelo menos deixei salvo no meu tocador de MP3. (sim, MP3, visto que, toda vez que coloco meu pen drive em algum computador público, ele volta com metade da colônia de vírus que há no computador). Desisti de ligar o meu e pensei: é vou para aula mais cedo e faço a impressão lá. Sei que meus colegas terão essa brilhante ideia também, mas irei antes para evitar maiores problemas.
As olheiras estavam gritantes e andava como um zumbi de tanto sono e moleza no corpo. Meus olhos ardiam e minha cabeça parecia dar sinais de que iria começar a explodir.
Mesmo com o tempo fechado saí de óculos escuro, e claro, com o meu guarda-chuva que é enorme. Logo que cheguei ao ponto de ônibus me apareceu uma senhora que aparentava ser simpática. Só aparentava né? Pois com o meu karma de atrair pessoas para que elas me contem a sua vida, isso não seria possível. Com ela não foi diferente.
A criatura começou a falar que todas as meninas que estavam na rua eram preguiçosas e que, no tempo dela, estariam estudando pela tarde e não se segurando nos lábios e no ... vocês sabem o quê dos rapazes. Disse que fez enfermagem e que todo mundo deveria fazer, inclusive me perguntou por quê não faço também, mas sem me dar o direito de responder continuou: – adoro ameixa, conheci amoras um dia desses e estou adorando, minha irmã da França sempre me trazia muitas ameixas. As ameixas caem na cabeça das pessoas lá na época da fruta, amoras são como ameixas. Fiquei quieto ouvindo tudo, e querendo sair dali, claro. A única semelhança que vi ali foram às ameixas parecerem com a sua pele, mas tudo bem. Depois de ouvir muitas besteiras da senhora, peguei o meu ônibus. Vazio por sorte.
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