A aurora do dia penetra suavemente nos meus olhos, enquanto percebo que o sonho já está no fim e estou retornando ao meu corpo. Abro eles e fito o teto branco e o lustre verde apagado. Tento inutilmente decifrar o lugar desconhecido em que estou. Viro à esquerda e vejo um porta-retratos, com rostos desconhecidos, em um criado mudo. À direita, um armário espelhado, que refletia a porta de uma varanda, com a paisagem absurdamente bela do sol casando-se com o mar. Parecia um portal para outra dimensão.
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Crédito: Fotos.fot.br - Reprodução através do Google imagens. |
Passo a mão nos cabelos e no rosto úmido, Sento na cama e observo a paisagem pelo espelho. Estou completamente perdido e não faço ideia nem se estou correndo risco de morte. Como cheguei até aqui? O que é este lugar? Levanto com cuidado e piso no chão gelado, com o cuidado de quem pisa em um lugar feito de ovos. Debruço com cautela na porta da varanda e instintivamente abro-a para ver mais de perto a paisagem. É incrível o som que vem de lá. O canto do dia e as cores tão pálidas e quentes tornam o ambiente aconchegante. Por um momento esqueço que não sei onde estou. Tudo parece conhecido.
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