O trem
O maquinista parece inquieto
Todos parecem insensíveis a nossa despedida
Arrasto as suas malas sem vontade
O desejo é de que nunca embarque
Que continuemos como unidade
O trem já está partindo
Vozes e esbarros ditam a pressa e prenunciam a ausência
E nós, desavisados por opção, não largamos do nosso sentimento
Não aceitam esperar um minuto a mais pelo que sentimos
Te entrego a sua mala pela última vez e digo: adeus, amor
O trem grita, ele está partindo
Berro amor, como um desesperado
Berro amor, como um desesperado
Lágrimas preenchem os meus olhos grandes
Enquanto grito meio mundo de palavras e promessas
Nos trilhos, o trem desaparece
E no ar as minhas palavras de desespero
Tornam-se ecos:
Te amarei para sempre
Pode sentir, estou aí
Vou te amar até te reencontrar
Vou te amar até te reencontrar
O eco desparece no ar,
Como a fumaça do trem, que se camufla na neblina da noite
Logo mais em Roma cederá aos seus encantos
E as promessas se tornarão memórias
Memórias do trem, que vão e retornam
Mas nunca permanecem estacionadas por tanto tempo
Tudo é efêmero
Memórias transformam quem vai e quem fica
No reencontro e despedida, ainda que exista amor,
Não há mais unidade: mas a sombra da promessa dos ecos ∞
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