Já notou a sua relação com as músicas?


Usada para se sentir melhor,
Ao fundo de um dia de observação, deitado na grama, vendo a vida passar.
Usada para viagens distantes, na velocidade da luz, estando parado, estático, com fones de ouvido.
                                                                       Tudo isso é a música






De repente, estamos por aí e nos encontramos com alguém por acaso. No encontro, uma música está tocando ou alguma outra chegou a sua cabeça. Às vezes a música em questão nem é tão boa ou até se detesta o cantor/a. Mas acontece algo mágico: àquela música se torna o pano de fundo de um sentimento especial, assim como a pessoa que encontrou. Sedução. Esse será um passaporte para relembrar a experiência em qualquer tempo.
Não existem máquinas do tempo, mas o interessante é que usamos muito as músicas para reviver os momentos especiais, funcionando quase como uma. Imaginamos futuros e universos alternativos. Podemos relembrar épocas, lugares, pessoas que estão por perto, as que não vemos todos os dias, ou mesmo as que se foram. Pois é, com as músicas se aguça tudo que tende a cair no esquecimento. Ser seduzido pela música não impõe idade. Provavelmente deve lembrar-se de músicas de quando ainda era criança. A nostalgia dos crescidos.
E as letras? No momento de silêncio, com os sentimentos em êxtase você entende todos os sentidos e encontra outros. Tudo se encaixa. Desconhece a letra? Nessa sedução nos desafiamos cantando errado, atropelando o ritmo. O que importa é que estamos pondo algo verdadeiro para fora. Não importa também se você ou eu cante fora do ritmo, o que importa mesmo é que estamos vivendo e experimentando a música.
A mesma coisa vale para a dança. Não importa se é um pouco, ou até muito ruim com os passos, o que vale é a liberdade e o que se sente ouvindo alguma música. Na verdade mesmo, ao dançar ou cantar, você está interagindo consigo, com suas lembranças, vontades e é claro, com os ritmos. Você também tem o direito de chorar ouvindo alguma coisa, elas também serão a sua companhia em momentos difíceis.
E o ritmo? Parecem caixinhas de surpresas. A cada vez que é tocada, se descobre novos elementos. Tudo se torna particular. Ao ouvir ela se torna a sua música, te escolhe e acolhe.

E a hora de ouvir? Noite, dia, madrugada. Quem se importa com a hora e lugar de ouvir? A vontade vai além das nossas escolhas racionais. As relações com a música ultrapassam fronteiras de épocas e espaços. Deixe que elas coloquem tudo para fora sem que perceba. Deixe que elas te façam pensar, sentir e se envolver. Isso é a música. Em algum momento você sentirá a intensidade de cada palavra dela. 



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