Imagine




Imagine que você tem um jarro bastante especial e que o admira muito. Pense que, quase sempre que passa por ele, admira os seus predicados.
De repente um acidente: o jarro cai no chão e se quebra em muitos pedaços. Imediatamente você se sente triste e não consegue recolher os cacos, porque se machuca ao tentar se aproximar. Não consegue tirá-lo daquele lugar porque foi nutrindo, de forma espontânea, carinho e admiração. O lugar que o jarro ocupou deixou muitas marcas.
Todas as vezes que tenta recolher os cacos ou quando passa por ele, inevitavelmente algo te machuca. Até mesmo quando está só observando. De certa forma, não sente coragem para juntar tudo e jogar fora, para assim comprar um jarro novo, melhor e quiçá mais admirável. É como se fosse uma relação de dependência. Não percebe quando começa, não consegue parar antes de sofrer com a possível perda, e tampouco sabe como terminará. Ingenuamente, só deseja que àquele jarro fique inteiro novamente.
Mas o que fazer? Se machucar e chegar próximo aos cacos e numa tentativa de sorte conseguir colar e por tudo no lugar? Ou será que jogar fora e procurar um novo não resolveria o problema? São possibilidades, são caminhos, são sentimentos.



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